Foto do site “O Tabuleiro”.

Na manhã desta terça-feira (01), a Polícia Federal deflagrou uma nova operação de busca e apreensão na cidade de Ilhéus, com foco em diferentes locais estratégicos. A sede da Prefeitura Municipal de Ilhéus foi um dos principais alvos da ação, que também se estendeu a outros pontos, como o comitê de campanha do candidato a prefeito pelo PSD, Bento Lima, localizado na Avenida Soares Lopes.

Outro local incluído na operação foi o posto de gasolina Leleu, situado na Avenida Itabuna. De acordo com informações preliminares, a operação faz parte de uma investigação mais ampla que visa apurar possíveis irregularidades envolvendo recursos públicos e financiamento de campanhas eleitorais.

A operação chamou a atenção por atingir o comitê de Bento Lima, um dos candidatos à Prefeitura de Ilhéus, aumentando a tensão no cenário político local. A Polícia Federal realizou apreensões de documentos e materiais que possam auxiliar nas investigações.

Atualização:

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça feira, 01/10/2024, a Operação CORONELISMO visando combater crimes eleitorais e conexos praticados, no presente momento, por coligação partidária.

Estão sendo cumpridos 09 (nove) mandados de busca e apreensão nos municípios baianos de Ilhéus, Salvador e Conceição do Coité/BA, os quais foram expedidos pela Justiça Eleitoral de Ilheus após representação da Polícia Federal e manifestação favorável do Ministério Público Eleitoral.

As investigações apontam o uso ilegal da estrutura pública municipal, com emprego de servidores, veículos e combustíveis públicos, em benefício de determinada coligação partidária, ocasionado prejuízo aos cofres públicos municipais.

No decorrer das investigações também foram identificadas supostas fraudes documentais, com superfaturamento de contratos, praticadas, em tese, para encobrir o uso ilegal da estrutura pública em benefício privado.

Os investigados poderão responder pelo crime de utilização de veículo público em campanha eleitoral (Art. 11, V e parágrafo único, da Lei 6.091/1974), cuja pena é o cancelamento do registro do candidato ou de seu diploma, bem como pelos crimes de peculato (Art. 312 do Código Penal), de falsificação de documento público (Art. 297 do Código Penal) e de associação criminosa (Art. 288 do Código Penal).

Os crimes investigados nos autos também podem configurar abuso do poder econômico e improbidade administrativa. O nome da operação refere-se a um período da política brasileira, há muito
tempo superado, em que os coronéis se julgavam os donos do município, manipulando a população e utilizando o poder público para fins privados, cometendo inúmeras ilegalidades.