Um grupo composto por índios e lideranças políticas de Itajú do Colônia invadiram nesta terça-feira (29), um colégio e uma creche no bairro Parque dos Rios com o objetivo de pressionar os governos Municipal do Estado para a homologação das terras, que no ano passado o Supremo Tribunal Federal garantiu o direito de posse aos indígenas.

No entanto, o prefeito Pe. Ednaldo Martins, chefes indígenas autoridades municipais e da Fundação Nacional do Índio (Funai) desconhecem a legalidade do movimento e aguardam uma decisão da justiça para a desocupação das áreas.

O grupo está na localidade desde o dia 10 de janeiro, quando invadiu o Parque de Exposições da cidade. No dia seguinte, o prefeito juntamente com o Procurador do município, Wanderley Rodrigues Porto Filho estiveram reunidos com o Procurador da República, Ovídio Augusto Amoeda Machado, representantes da Funai de Pau Brasil e Itororó, chefes da tribo Pataxó e o presidente da Câmara de Vereadores de Itaju do Colônia, que não reconheceram a legitimidade do movimento.

De acordo com o prefeito da cidade o movimento é composto por alguns índios e pessoas ligadas a grupos opositores ao governo atual.

“Acreditamos que por trás desse movimento há intenções políticas para desestabilizar o Poder Público Municipal, já que os chefes indígenas não reconhecem tal movimentação”, declarou o Pe. Ednaldo Martins, que aguarda o despacho da justiça para que, assim restabelecer a paz na localidade, que hoje habita 2,5 mil munícipes.

O chefe da CLT Funai de Pau Brasil, Wilson Jesus de Souza reconheceu que lideranças indígenas e do órgão brasileiro não estão no comando do movimento. O clima é tenso na cidade, as aulas no colégio e na creche foram paralisadas e a população vem sendo ameaçada de despejo de suas residências, mas a até o momento a ordem está sendo resguardada por uma equipe da Polícia Militar, responsável pela segurança.