Do “Jornal da Metrópole”.
Como numa final de campe¬onato, a arrumação das vagas dos deputados baianos na Câ-mara Federal está complicada. A briga dos que assumiram as vagas dos titulares e que-rem distância dos suplentes é semelhante à dos times que fogem do rebaixamento. Fun-ciona assim: os candidatos da coligação que não tiveram os votos necessários para a elei-ção se tornam suplentes ou reservas. Quando as cadeiras ficam vagas, os primeiros da lista fazem a substituição.
Hoje, cinco baianos le¬gislam graças a licenças dos eleitos que receberam car¬gos nos governos estadual e federal. Acelino Popó (PRB), Emiliano José (PT), Sérgio Carneiro (PT), Joseph Ban¬deira (PT) e Zé Carlos da Pes¬ca (PP) desfrutam (principal¬mente os dois primeiros) do parlamento no lugar de Mário Negromonte (PP), ministro das Cidades; Afonso Florence (PT), ministro do Desenvolvi¬mento Agrário; Zezéu Ribeiro (PT), secretário do Planeja¬mento da Bahia; João Leão (PP), secretário da Casa Ci¬vil da Prefeitura de Salvador, e Rui Costa (PT), convocado recentemente pelo governa¬dor Jaques Wagner (PT) para chefiar a Casa Civil.
Tudo indica que Negromon¬te e Florence perderão seus ministérios na reforma progra-mada para o início do ano pela presidente Dilma Rousseff (PT). Além disso, João Leão pode dei¬xar a Casa Civil municipal para tentar a Prefeitura de Salvador. Se tudo for confirmado, os três últimos suplentes a assumi¬rem – Carneiro, Bandeira e Zé da Pesca – perderão o mandato. Resta saber como os partidos da coligação Pra Bahia Seguir Mudando (PRB/PP/PDT/PT/PHS/PSB/PCdoB) mostrarão seu ‘futebol’ para atender a inte¬resses locais e nacionais.