GANDU: CLIMA FICOU TENSO ENTRE VEREADORES
Nesta segunda-feira o clima ficou tenso na câmara de vereadores de Gandu. O presidente da câmara Uziel (PROS) entrou em rota de colisão com o vereador Fabio (Podemos).
Segundo informações, o motivo da confusão foi a disputa por lideranças políticas nos bairros da cidade. Foi necessário os outros vereadores interferir para a confusão não se tornar literalmente um UFC.
ITABUNA: AGENOR GASPARETO FALA SOBRE CENÁRIO ELEITORAL PARA 2020
A pedido do blog o renomado sociólogo e proprietário do instituto de pesquisa Sócio Estatística, Agenor Gasparetto fez uma avaliação do cenário eleitoral de Itabuna visando a sucessão municipal de 2020. Veja abaixo:
Cenário político para 2020 em Itabuna é analisado
Eleições municipais tendem a ser decididas por fatores locais. O local tende a dar o tom e a direção. E quanto menor o município, mais forte tende a ser o peso do fator local na decisão do eleitor. Não que não possam pesar e influir fatos, fatores e/ou personagens externos. Podem influir, mas não tem poder de decisão, especialmente pelo fato dos postulantes ao cargo de prefeito serem conhecidos e conhecidos pessoalmente. Em cidades médias, como Itabuna, isto também acontece, ainda que quanto maior for uma cidade mais distante tenda a estar o candidato do eleitor, ou seja, já não está tão acessível quanto nas cidades menores e tende a ser menos conhecido.
Itabuna, cidade cosmopolita, hospitaleira, compostas por cidadãos provenientes de muitas regiões da Bahia e de fora da Bahia, espalha seus votos para dezenas de candidaturas a deputado, espalha tanto que, por vezes, não elege nenhum, nem federal e nem estadual. Cosmopolita e, ao mesmo tempo, exigente e crítica com seus representantes eleitos. A propósito, desde os anos 90 do século passado, nenhum prefeito foi reeleito e nem fez sucessor quando apoiou abertamente.
Sendo assim, uma das características de Itabuna é que, pelo menos desde o início dos anos 90 do século passado, o candidato que pontua como líder um ano anos das eleições chega exaurido ou nem mesmo chega como candidato real nas urnas. Em Itabuna, na semana da eleição, desde que acompanhamos como instituto as eleições municipais, (1992 foi a primeira vez), sempre há uma situação de empate técnico e não é possível se afirmar categoricamente quem será o vencedor. A disputa, a uma da semana da eleição, sempre esteve em aberto e em várias situações apresentou mudanças de cenários, em que o segundo e mesmo o terceiro, sagrou-se vencedor.
As administrações municipais, que são referências importantes na decisão do eleitor, tendem a avaliações negativas o que resulta na mencionada não reeleição do prefeito e nem esse fazer seu sucessor. A atual administração, nesse sentido, não difere das anteriores. Sendo assim, hoje seria bastante improvável que o atual prefeito consiga mudar cenário e reconquistar os eleitores e se reeleger. O mais provável é que neste ponto também a história se repita. Contudo, ainda há tempo e enquanto houver esse recurso, possibilidades existem.
Eleitoralmente falando, ainda que seja muito cedo para prognósticos, o quadro que se apresenta, seguramente, capta mais nomes com forte presença nas eleições anteriores, do que propriamente projetem o futuro das urnas. Hoje estão pontuando mais Dr. Mangabeira, Capitão Azevedo e Augusto Castro, os únicos que alcançam os dois dígitos. Mas, como se assinalou acima, provavelmente, se esteja vendo mais pelo retrovisor do que pelo para-brisa. Mesmo assim, pontuar bem é melhor do que pontuar mal, ainda que não necessariamente assegure sucesso nas urnas. Esse desempenho pode ter validade e essa por vencer antes do dia das eleições.
Para encerrar, a disputa, que ainda não começou, em que pese alguma movimentação e construção de alianças em andamento, está totalmente em aberto. E, caso a história dos últimos 30 se repita, o que parece provável, Itabuna precisará esperar que os votos sejam contados para a tensão das eleições desanuviar.