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Nesta segunda-feira (22) o município de Camacã foi sede de uma reunião entre membros do Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (CIMA), Ministério de Desenvolvimento Rural (MDR) e Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (SEAGRI) para discutir rotas estratégicas de fomento a agricultura e o desenvolvimento regional a partir de políticas públicas voltadas para as cadeias produtivas dos municípios pertencentes ao CIMA que é formado atualmente por dez municípios baianos.

A reunião contou com a participação do assessor do MDR Aldo Dantas, do Secretário de Agricultura do Estado João Carlos, dos Prefeitos (ª): Arnaldo Lopes de Mascote, Fernando Brito de Santa Luzia, Tiago Birschner de Una, Paulo do Gás de Camacã, Antônio Valete de Jussari,  Ferlú Mansur de Arataca e Bárbara Prado de Pau-Brasil. Também participaram da reunião  secretários municipais, vereadores, engenheiros, técnicos agrícolas e sociedade civil organizada.

Entre as pautas discutidas o assessor do MDR Aldo Dantas defendeu o fortalecimento da fruticultura através do cultivo de frutas como o cajá e o cajá-manga, bem como a implantação de um centro de beneficiamento de frutas na região. “Mesmo investindo na rota do chocolate que possui um enorme potencial, o que sugerimos é a diversificação das culturas de acordo com as potencialidades de cada município, investimentos em conectividade nas zonas rurais, assistência técnica e melhoramento na logística de escoamento da produção. Entendemos que não podemos fomentar apenas a lavoura cacaueira, por isso, traçamos as rotas do desenvolvimento. As Rotas são redes de arranjos produtivos locais, associadas a cadeias produtivas estratégicas, capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras. O que podemos fomentar nesta região? É a partir dessa resposta que teremos um direcionamento para investirmos”, pontuou Aldo Dantas.

O Secretário de Agricultura do Estado da Bahia João Carlos ressaltou o bom momento da cacauicultura no país e a importância da agricultura na geração de emprego e renda. “O mundo está de olhos voltados para a produção de cacau de nosso país e a nossa região ainda é uma grande produtora com um enorme potencial para a ampliação e melhoramento da  produção através de investimentos no cacau-fino ou como também é conhecido cacau gourmet. O nosso chocolate não deve nada para as marcas internacionais, mas precisamos ajudar os produtores, fortalecer nossos produtos e juntos voltamos a ser os maiores produtores de cacau do país. A agricultura representa trinta e cinco por cento da economia baiana, ¼ dos empregos da Bahia estão ligados diretamente a agricultura, por isso temos investido em programas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) que atua no cotidiano dos agricultores construindo com eles soluções tecnológicas e organizativas para o seu trabalho e o consórcio CIMA tem sido um parceiro muito importante nesse processo”, ressaltou o Secretário.

O Vice-Presidente do CIMA e Prefeito de Camacã Paulo do Gás lembrou também do endividamento dos agricultores e pediu um olhar especial para a causa. “Para que os nossos cacauicultores voltem a investir na produção, eles precisam voltar a ter crédito, precisamos buscar junto às esferas Federal e Estadual uma solução para que aqueles que por conta da vassoura de bruxa, não conseguiram honrar seus compromissos, consigam recursos para voltar a investir”.

O Prefeito de Una Tiago Birschner demonstrou preocupação com a emissão do Licenciamento Ambiental, chamando atenção dos municípios do CIMA para  a necessidade de dar celeridade ao assunto, cinco municípios já criaram os conselhos e já estão  finalizando o processo de regulamentação da lei municipal.

Entusiasmado, o Presidente do CIMA e Prefeito de Jussari Antônio Valete   defendeu o uso sustentável do solo,  e a necessidade de reunir ações que aumentem a produtividade, a diversificação de culturas e a preservação do meio ambiente. “Entendemos que a agricultura é de fato o nosso carro chefe para a geração de emprego e renda, não podemos fugir do que somos, temos terras agricultáveis, clima, mão de obra e ainda temos água em abundância, mas para que esse cenário continue positivo, precisamos alinhar meios de produção e conservação de nascentes, mananciais e Mata Atlântica uma vez que todo esse sistema é interdependente. Essa reunião me deixou muito feliz porque é ponta pé inicial para sairmos do campo das perspectivas e passarmos para o campo das ações”, concluiu Valete.